Após anos e anos de lutas, os negros
conseguiram se libertar, mas como diz o ditado “nem tudo são flores”. O
processo que visava o fim da escravidão durou 65, e mesmo depois de todo esse
tempo a maior parcela dos escravos continuou submissa.
Finalmente o Brasil, que como sempre ficava
por último, aceitou a abolição, e em 13 de maio de 1888 a Princesa Isabel
assinou a tão esperada Lei Áurea, que foi a conquista mais significativa para
os escravos.“É declarada extinta a escravidão no Brasil. Revogam-se as
disposições em contrário.” Mas que acabou por não mudar muito as coisas no
funcionamento da sociedade brasileira.
Supõe-se que na verdade que a liberdade veio
por motivos econômicos. O Brasil estava importando muitos produtos
industrializados da Inglaterra e necessitava aumentar seu mercado consumidor
para escoar os produtos. Os portos foram abertos aos imigrantes europeus, e foi
permitido que os escravos alforriados voltassem para a África.
A decisão de abolir a escravidão, porém, não
agrada aos senhores e aos donos de latifúndios, que passam, então, a apoiar a
causa Republicana.
E como ficou a situação dos ex-escravos?
Abandonados á própria sorte, sem emprego, moradia, alimentação a grande maioria
caiu na miséria se sujeitando ás margens da sociedade, ou continuaram a
praticar o trabalho escravo, principalmente nos latifúndios, em troca de comida
e moradia.
Já sofrendo com a falta de trabalhos que os
remunerassem, ainda tinham que competir com os imigrantes europeus, pois os
portos foram abertos para eles, que eram muito mais qualificados, e acabavam
ganhando o emprego. Ou seja, a abolição da escravatura não eliminou o problema
do negro.
Por Amanda de Oliveira
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